Revendo minha história e concluindo que vivi muito mais anos felizes e abundante do que de extremos desafios, agradeço muitíssimo ao Papai do Céu! Sei que isso é resultado do que desejei um dia e me dediquei para conquistar. Ao início tive grande apoio de meus pais, mesmo ao modo simples e com poucos conhecimentos como era o caso deles. Meu pai só sabia assinar seu nome e minha mãe tinha o segundo grau primário. Ambos eram lavradores e posteriormente artesões. Mas, havia uma sabedoria neles que causava admiração em muitos doutores e isso carrego comigo.
Mesmo com tanta sabedoria os pais se enganaram em suas decisões?
Sim em várias, e as consequências foram sentidas por toda a família. Houve momento de escassez de alimento, roupa, calçados, etc., mas, jamais nos faltou o necessário. Eles se dedicavam ao máximo pelos os filhos, sempre estiveram conosco e essa foi a forma de nos tornar fortes.
O medo de que nos perdêssemos na vida faziam de meus pais, pessoas dominadoras e meu desejo de liberdade me fez querer sair de casa aos 18 anos. Foi o primeiro momento que me dei conta que sozinha não se chega a lugar algum.
Tive que pagar o preço de minha decisão?
Sim, e foi a melhor coisa que fiz. É evidente que nessa trajetória algumas de minhas decisões não atingiram o resultado que eu desejava. E isso me travou por vários momentos, até quis desistir. Desejei que eles estivessem comigo. Mas tive que pegar minhas próprias rédeas.
Porque desistir.... Bem, essa atitude ecoa como a música de Raul Seixas: “NÃO PENSA QUE A CABEÇA AGUENTA SE VOCÊ PARAR...” e meus pais nos ensinou a lutar pelo que desejamos.
É possível que na dúvida se pergunta “a quem recorrer”, todos nós em algum momento da vida dar ou recebe conselhos. Agora, mentoria são poucos, e de mestre então é mais raro ainda. No entanto posso dizer que essa experiência é valiosíssima ao nosso desenvolvimento. Talvez se eu tivesse tido antes, teria resultados bem melhores.
Muitos de nós em algum momento se prenderam a algo do passado e não percebeu que pode ser a razão que impedi de avançar mais um pouco. Mesmo com toda conquista que tive, me prendi por não ter recompensado meus pais por tudo que eles foram por mim.
E quando me dei conta disso?
Foi numa mentoria com um grande mestre que me ensinou seu oficio. Ali consegui aceitar que meus pais tiveram a história e resultado deles. Eu sou a continuação, só que com missão e visão de vida diferente. Quis parar e jamais consegui, me dediquei alguns anos a servir o próximo e sem me dar conta impactei vidas de milhares de pessoas nesse projeto, inclusive meu líder espiritual. E a mentoria me fez perceber que sou uma das principais pessoas a constituir uma empresa com essas ações.
Posso dizer que isso foi obra do Universo?
Se foi, missão dada é missão cumprida. Gratidão!
Coach Francisca Magalhães
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